quarta-feira, 13 de junho de 2012

Parede celular


Parede celular das plantas verdes

 Diagrama de uma célula vegetal, com a parede celular destacada em verde.
A parede celular das plantas verdes (incluindo as plantas vasculares, os musgos e as algas verdes) é formada essencialmente por microfibrilas de celulose. As primeiras camadas formam a parede primária, que mantém a sua elasticidade permitindo que a célula possa crescer. Na parede primária, as microfibrilas não apresentam uma direção definida e encontram-se ligadas por

ligações de hidrogênio, o que torna a estrutura mais flexível. Novas camadas de celulose depositadas dentro da parede primária geram espessamento da parede, inclusive com impregnação de lignina. Após a formação desta, algumas plantas podem formar a parede secundária - com a qual as células não podem mais crescer. Na parede secundária, as microfibrilas já se apresentam orientadas numa determinada direcção, conferindo maior rigidez à parede celular.
Quando as células se dividem, têm de formar uma nova parede celular. Para isso, forma-se ao longo do eixo de divisão uma camada de microtúbulos, chamada fragmoplasto que ajuda à deposição das microfibrilhas de celulose.
Células vizinhas comunicam entre si através de poros nas paredes celulares chamados Pontuações, essas pontuações são atravessadas por filamentos citoplamáticos chamados Plasmodesmos, que estabelecem condução entre o protoplasma dessas células adjacentes. Estas ligações explicam como as infecções ou outras doenças se espalham rapidamente por todos os tecidos das plantas.
Para além destas ligações, existe ainda uma camada gelatinosa entre as paredes celulares das células vizinhas que as mantém ligadas. Esta camada, chamada lamela média é formada por fibras de celulose entrelaçadas por moléculas de pectinas e hemiceluloses.
A parede celular das plantas verdes é normalmente permeável aos fluidos, exceto quando impregnada com lignina ou suberina, nas plantas com crescimento secundário.
Uma diferença importante entre as células das algas verdes e as das Plantas é que, nas primeiras (com exceção das Charophyta), os microtúbulos alinham-se paralelamente ao plano da divisão celular - formando o que se chama de ficoplasto - e nas Plantas (e nas Charophyta) esse alinhamento é perpendicular ao plano da divisão celular - fragmoplasto.
Parede celular das algas
Nos restantes grupos de seres vivos tradicionalmente considerados algas, a parede celular encontra-se normalmente presente e também formada por polissacarídeos, mas que podem ser de tipos diferentes da celulose.
Nas algas vermelhas as paredes celulares são formadas por um complexo de microfibrilhas dentro duma matriz mucilaginosa. Ágar e carragenina são as duas espécies de mucilagem típicas das algas vermelhas.
O ácido algínico (ou alginato) juntamente com celulose são os componentes típicos da parede celular das algas castanhas.
As diatomáceas têm as células protegidas por frústulas compostas por duas peças que se encaixam como os pratos duma caixa de Petri, formadas de sílica opalina, polimerizada.
Os dinoflagelados possuem um invólucro exterior (teca) formado por duas camadas membranosas, no meio das quais se encontra um complexo de vesículas achatadas que, nas formas "tecadas", contêm placas de celulose. Muitas espécies de dinoflagelados, no entanto, apresentam células "nuas" - sem uma verdadeira parede celular.
Parede celular dos fungos
A constituição da parede celular dos fungos é uma das características que levou à sua separação num reino separado entre os seres vivos - ela é composta por fibras de quitina (polissacarídeo, insolúvel e córneo formado por unidades de N-acetilglicosamina. É o constituinte principal das carapaças dos artrópodes, e está presente, com menor importância, em muitas outras espécies animais.)
Parede celular das bactérias
As paredes celulares das bactéria são tipicamente compostas por peptidioglicanos (polímeros de polissacarídeos ligados a proteínas como a mureína, com funções protectoras).
Quando a parede exterior tem esta composição, a célula tinge de cor púrpura quando fixada com violeta-cristal, uma preparação conhecida como técnica de Gram - bactérias "Gram-positivas".
Outras bactérias possuem uma membrana externa, que se sobrepõe a uma fina camada de peptidioglicanos, essa membrana externa é formada por carboidratos, lípidos e proteínas. Estas bactérias não tingem de púrpura com o corante de Gram - "Gram-negativas".
Muitos antibióticos, incluindo a penicilina e seus derivados, agem inibindo o processo de síntese da parede celular bacteriana durante a divisão binária.
A parede celular bacteriana contém em algumas espécies infecciosas a endotoxina lipopolissacarídeo (LPS) uma substância que leva a reacção excessiva do sistema imunitário, podendo causar morte no hóspede devido à choque séptico.



                                                                                       (Sarah Klícia, Jackeline Louback, Maurício)


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